quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Como funciona um filme.

Sempre que falamos de fotografia, a maioria aborda temas como a luz, enquadramento ou do olhar.

Mas pouco se fala  do filme. Afinal, como funciona?


O post anterior - "Você aperta o botão, e nós fazemos o resto" - me inspirou para escrever este texto.


Trata-se de um assunto muito técnico, com muita teoria "pesada" por trás.
Por isso, vou fazer o possível para descomplicar.





Dica! Leia no post: "Os inventores da fotografia" para entender melhor como foram as primeiras gravações de imagens.


Vamos lá?


Entendender o que é luz é necessário para que você entenda como ela vai modificar as "coisas" na superfício do filme.


Luz - é uma faixa de energia ou tecnicamente  falando: "espectro eletromagnético". Neste espectro passam vários tipos de coisas: como o calor, o radar, as ondas de rádio, ondas de TV. É essa luz que "queima" o filme e passa pelo spectro propagando de um ponto a outro. Faça o teste: jogue uma pedra em um lago e verá um tanto de "ondinhas" se formando. É bem assim que acontece no espectro. E é assim que a luz se propaga, através de ondas eletromagnéticas.





A forma como o olho humano percebe a luz é muito limitada. Vemos comprimentos de onda diferentes e quando a luz atinge nossa retina sentimos a luz. Cada comprimento de onda nos faz perceber como é cada cor.
Na maioria das vezes, os fotógrafos escolhiam filmes com sensibilidades de comprimentos de ondas mais próximos ao olho humano.


E como funciona o filme fotográfico?

Quem já leu o post: "Os inventores da fotografia" lembra que escrevi que é impossível abordar este tema sem tocar em assuntos como física e química.
Basicamente, o processo fotográfico se dá pela reação entre a luz e cristais de que estão espalhados na superfície do filme fotográfico. A reacão começa quando um dos cristais é atingido por dois fótons de luz. Vamos a um exemplo para "clarear" mais -
uma lâmpada de lanterna emite cerca de 10 elevado a dezoito fótons por segundo.





Cada cristal é constituído de prata e bromo. Os átomo estão organizados em uma estrutura iônica cúbica por atração elétrica.
Os cristais ficam "organizados" de maneira desordenada. E é graças a essa desordem que os cristais reagem à luz. O que acontece é que alguns íons ficam para fora, se deslocando dos cristais e acabam formando a imagem. Ainda existem algumas impurezas espalhadas na superfície(de quê?) e essa "impurezas" são um fator decisivo na formação da imagem, pois criam pontos de sensibilidade. Esse pontos acabam atraindo íons que estavam deslocados na gelatina e formam pequenos agrupamentos de átomos. Essas formações são constituídas de prata. Elas formam o que é chamado de imagem latente. Que nada mais é que a união das impurezas de íons deslocados que são decisivos na formação da imagem.








Para se chegar nessa formação de como o filme é "hoje" foram quase dois séculos de estudos e experimentos, erros e tentativas.  

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